O Escorrego

A minha mente pintava de verde as paredes do meu quarto.Já não conseguia abrir os meus olhos. Mas, os meus pensamentos me levaram de volta aquele lugar.
As lágrimas rolavam pelo meu rosto. À distância e o tempo que nos separava me deixava assim, ansiosa e sonhadora. Procurei-te incansável, gritei teu nome, e não me respondestes!
Olhei para lua e compreendi quando me disseste um dia “Quando eu não estiver por perto, me encontre na lua” vi que aquela mesma luz te clareava, por mais distante que estivesse de mim. Desenhei-te através dela e consegui te alcançar.
Precisava viver aquele momento, já que na noite passada você não era real. E corri ao teu encontro e dali saímos a caminhar sem destino.
Olhaste-Me... A claridade daquela noite permitia ver o encanto de tuas promessas em seus olhos, que pareciam se compadecer de mim.
Quando chegamos naquele lugar, tudo era como havia te prometido, o verdadeiro paraíso. Um lençol de pedras a beira de um rio com, nos convidava a nos amar. Apertei a tua mão, quando me pegaste em teu colo e me deitaste em uma pedra enorme e ali encontramos o significado real do sentimento que nos uni, por mais distante que tudo pareça ser.

Tânia

08.08.2006

A Praça

Terra Santa

A Praça

Revivo uns instantes da minha infância, quando observo na foto, a Juventude de outrora, talvez mais feliz. A inocência e a beleza daqueles que se realizavam com um simples passeio pela Praça da Matriz, era guardado em cada coração. Isso tudo nos mostra hoje o quanto é importante à valorização de nossos princípios.
Quero que meus netos um dia também possam ver com os mesmos olhos que agora enxergo. Esse instante fabuloso em que a beleza desse povo simples era revelada em sua inocência.
Não ouço risos, nem cochichos, ou musicais. Mas isso tudo era vivido naquele coreto. Da forma mais exuberante e maravilhosa.
Hoje apesar das opiniões se divergirem, mesmo sem o nosso coreto, a presenças das várias crenças e orações, permanecemos juntos na mesma praça, compartilhando das mesmas alegrias!

Tânia

24.08.2006

Vaquejada

Terra Santa A Vaquejada conta a nossa história

Com a sua humildade a nossa terra mostra o passado contado através de uma data tradicional e festiva, (A festa de Nossa Senhora da Piedade).
A Vaquejada é uma festa de origem espanhola, e chaga em nossa região através de criadores de gados que traziam a publico costumes de suas fazendas, apartando e derrubando os bois brabos. E até hoje ganham prêmios àquele que melhor o fizer.
Indo buscá-la em nosso passado, é assim que a vejo. A rua que hoje é chamada de Travessa São Jorge, antigamente recebia o nome de “Rua da Coréia” a mesma era sem calçamento ainda em areia, com suas casa todas de taipa, por onde passava um riacho que em tempos de inverno ficava completamente inundado e no verão palco de uma grande Vaquejada.

Tânia

08.06.20

O homem de ninguém

Terra Santa

O Homem de ninguém

A Dedé Doido

A lembrança de sua roupa barata e suja,
Tragada pelo suor de muito e muito tempo
E aquele homem a descer e subir as ruas
Numa reclamação incompreendida por todos que o assistem.

No seu olhar um triste mistério, e a todos saí a perguntar
-Hei essa menina! Tu vai pro Japão?
Que significado teria tal frase, para aquele que nos parece apenas ser sofrimento?

Fome, a cabeça dói, na pele a doença avança até a alma.

Pobre coitado! Falta-lhe carinho.
Ele é um de nós...

Tânia

01.07.2006.

A Moita

A estória dizia para seguir, pois assim encontraria a sua felicidade. E a moça olhando sua imagem abatida se refletindo nas águas, Vive a esperança de ser feliz as margens daquele rio.

Tânia

Rio Timbó

Terra Santa

Após um dia de trabalho, Lentamente, descalço os pés dos sapatos e corro pro meu final de semana.
- "Ah, as coisas a serem vividas são tão intensas!".
Saudades do que não fui.
Hoje eu queria descer nessas águas e chegar até o mar. Sim, pois sei que elas conseguiram. Mas, e eu?
Eu me perco pelos caminhos tentando viver sonhos que vem de encontro a mim.

Tânia