sexta-feira, julho 22, 2005

A ponte


Tânia

quinta-feira, julho 21, 2005

Ponte sobre o Rio Jacú

Uma vez um amigo me fez uma crítica. “Você saiu de Espírito Santo. Mas, Espírito Santo não saiu de você”.
E nos HETERÔNIMOS de Fernando Pessoa ele diz:

O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia. (...).
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe disso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso, porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio de minha aldeia.
Pelo Tejo vai-se ao Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.

(Fernando Pessoa)

“O maior rio do mundo é o córrego que passa na minha cidade”. Esses são meus pensamentos. O homem que perde a sua origem é um homem sem identidade.


“Ès lindo meu Jacu”

segunda-feira, julho 11, 2005

" O AMOR NÃO SE CONJUGA NO PASSADO, OU SE AMA PARA SEMPRE, OU NUNCA SE AMOU VERDADEIRAMENTE."
(autor desconhecido)

quarta-feira, julho 06, 2005


A LOUCA

Quando ela passa: - a veste desgrenhada,
O cabelo revolto em desalinho,
No seu olhar feroz eu adivinho
O mistério da dor que a traz penada.
Moça, tão moça e já desventurada;
Da desdita ferida pelo espinho,
Vai morta em vida assim pelo caminho,
No sudário da mágoa sepultada.
Eu sei a sua história.
- Em seu passado Houve um drama d'amor misterioso-
O segredo d'um peito torturado
-E hoje, para guardar a mágoa oculta,
Canta, soluça
- o coração saudoso, Chora, gargalha, a desgraçada estulta.
Escrito por Augusto dos Anjos