segunda-feira, junho 27, 2005

Rio Temporário


Tantas vezes tenho vindo aqui. Mas, em muitas hesito falar. Ah! Se eu pudesse assim me conter. Se o fizesse seria, como sufocar meus desejos. Invade-me uma vontade de não parar, viver e dizer mais e mais... Amo tudo que a ti pertence. Tudo que te enche de beleza, revelando teus mistérios. Também vim revelar os meus. Vou de encontro as tuas águas, minha mão meu grito não te alcança. Teu nome é dito milhões de vezes, Rio temporário, tão gigante e tão frágil. Como poderás me acolher, se suas águas apenas estão de passagem. Não se vá ainda. Permaneça aqui assim para que eu possa te admirar e te falar das minhas fantasias! Tudo em vão! És suficiente para os que te procuram e se vão assim como essas tuas águas. De que adianta minha busca em ti? Se não podes me abraçar! Esse teus corredores quentes correndo para levar meus desabafos pras águas funda do mar.

1 Comments:

At 3:38 PM, Anonymous Anônimo said...

o homem como o rio está sempre a correr em plena transformação e movimento. Pena que as vezes a natureza é tão cruel e transforma os rios em redutos de água parada e homens em redutos de egoísmo.

 

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